segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Esbath
Além dos oitos Sabbats, os povos celtas celebravam também os Esbats, ou seja, as treze luas cheias ao longo do ano solar. A lua cheia foi venerada durante milênios por grupos de homens e mulheres, reunidos nos bosques, nas montanhas ou na beira da água, como a manifestação visível do princípio cósmico feminino, na forma das deusas lunares ou da Vovó Lua. Com o advento das religiões patriarcais, houve uma divisão na vida religiosa familiar. Os homens passaram a reverenciar os deuses – solares e guerreiros -, enquanto que as mulheres continuavam se reunindo para celebrar a lua cheia e honrar a Grande Mãe. A cristianização forçada e, principalmente, as perseguições dos "caçadores de bruxas" durante os oito séculos de Inquisição, procuraram erradicar a "adoração pagã da Lua" e os Esbats foram considerados orgias de bruxas e manifestações do demônio.
A palavra Esbat deriva do verbo esbattre, em francês arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma atmosfera jovial. Há também uma semelhança com a palavra "estrus" – o ciclo lunar de fertilidade -, reforçando a idéia da repetição mensal dessas comemorações.
Durante os Esbats, reverencia-se a força vital criativa, geradora e sustentadora do universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de lua cheia ou o plenilúnio, é o auge do poder da Deusa, sendo o momento adequado para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares – simples ou elaborados – com os símbolos da Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação. Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e fazem-se meditações. No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à natureza em sinal de gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra, enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.
Atualmente, os plenilúnios são comemorados não somente pelos grupos estruturados da Wicca (os covens), neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas múltiplas faces.
Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua", ou seja, imantar uma sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental. Para atrair a energia da Lua, usa-se o punhal ritualístico (átame) ou um bastão consagrado, direcionando-o para um cálice com água. Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente, entra-se em contato com sua essência, deixando-a penetrar em todo seu ser. Fundir-se com a energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos "recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles da água "lunarizada" e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das direções e os elementos correspondentes, criando-se o círculo mágico.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Altar pagão
Na Wicca usamos um altar como foco e também para estabelecer um espaço sagrado. É sobre ele que ficam os Instrumentos Mágicos, um conjunto de objetos ritualísticos com o qual o Bruxo trabalha e que são usados durante as cerimônias, quando realizamos um feitiço, consagramos um talismãs, etc. O altar é o nosso portal de comunicação com os Deuses e é visto como uma oferenda física e espiritual ao Divino além de representar nossa mente subconsciente.
Assim, o altar sempre é tratado com reverência pois ele não só suporta símbolos que representam o Sagrado mas também a essência dos elementos da natureza, que estão dentro e fora de nós, lembrando-nos que tudo o que é realizado sobre o altar é feito em honra a eles.
Obviamente os Wiccanianos sabem que os Deuses não moram no altar, simplesmente os utilizam como meio de comunicação com eles. A palavra altar vem do grego "altum" que significa "lugar elevado". Desta forma, o altar transforma-se em um lugar onde elevamos nossa consciência ao Divino.
A maioria dos Wiccanianos reservam um pequeno espaço em suas casas onde dispõem o seu altar, deixando-o montado permanentemente. Isso serve como um lembrete, voltando nosso pensamento ao Sagrado todas as vezes que olharmos em direção a ele. Outros Bruxos montam o desmontam o seu altar à cada cerimônia religiosa.
O altar Wiccaniano sempre fica voltado para o norte que além de ser o eixo magnético da terra está ligado à energia feminina e consequentemente à Deusa Mãe, mistérios e crescimento. Como sobre o altar sempre ficam objetos que nos remetem aos elementos, voltá-lo ao norte o liga diretamente à Terra onde todos os outros elementos se sustentam.
Quando montamos um altar devemos ter em mente que ele se divide em dois lados, o esquerdo representando a Deusa e o direito o Deus.
Sendo assim, quando dispomos sobre o altar estátuas ou símbolos que representam o Sagrado Feminino e Masculino, devemos levar isso em consideração.
Geralmente o altar é disposto com uma estátua da Deusa do lado esquerdo, a do Deus do lado direito. Símbolos femininos como cálice, flores são colocadas do lado da Deusa e os masculinos como athame, bastão são colocados do lado direito que simboliza o Deus
Cada canto do altar está ligado a um elemento da natureza.
O norte, como dito anteriormente, representa o elemento terra, o leste está ligado ao ar, o sul ao fogo e o oeste simboliza a água.
Um sino, tocado para marcar o início e final dos rituais, é colocado ao leste. O sino também é tocado para marcar momentos importantes dos rituais.
Fotos e objetos que possuem uma importância significativa para o Bruxo também podem fazer parte do altar de forma que seu pensamento seja remetido à momentos e pessoas que lhe tragam a sensação de felicidade e segurança.
Velas para representar a Deusa e o Deus também são dispostas na superfície do altar. As cores de velas mais usadas são o preto para representar a Deusa e o branco para o Deus, colocadas do lado esquerdo e direito respectivamente. Muitos colocam uma vela vermelha ao centro do altar representando a Arte e a face mãe da Deusa. Outras cores como o azul, prata e violeta também são largamente usadas para simbolizar a Deusa e o verde, marrom e dourado para o Deus.
Geralmente o altar é disposto em uma mesa de madeira, já que ela é uma ótima condutora de energia além de nos ligar diretamente à natureza. No entanto qualquer espaço plano pode ser usado para montar um altar. Muitos Wiccanianos estabelecem seu altar até mesmo no chão, acreditando que isso os coloca em contato mais direto com as forças telúricas.
Óleos mágicos, incensos, pedras também são encontradas com freqüência sobre os altares Wiccanianos
Se você não sabe ao certo onde estabelecer seu altar pense nas seguintes questões quando decidir criá-lo:
1- Para o que seu altar será usado? Como um foco para estabelecer contato com os Deuses ou como um local de meditação e contemplação?
2- Ele será usado para a realização de encantamentos e feitiços ou será um espaço exclusivamente devocional?
3- O quão grande ele precisa ser para servir a estes propósitos?
4- Ele pode ficar disponível aos olhos curiosos ou deverá ser montado em um lugar reservado?
5- Ele terá velas acesas com freqüência sobre sua superfície? Se sim quais medidas preventivas deve tomar para evitar acidentes?
6- O que você deve colocar sobre ele para parecer agradável aos seus olhos?
Você pode refletir em muitos outros critérios, como altura e formato do altar, que serão um bom ponto de partida para o seu estabelecimento. O importante é que todas as coisas colocadas sobre o altar façam sentido para você de forma que saiba o porquê está colocando tais utensílios sobre ele.
Aqui encontra-se um pequeno exemplo de como estabelecer um altar básico padrão. Use sua criatividade para dar o seu toque de personalidade.
Tudo o que você colocar sobre seu altar deve servir para algum propósito e representar alguma coisa. Jamais coloque um Cálice do lado esquerdo do seu altar só por que você leu em algum lugar se isso não tiver significado para você. Proceda da mesma maneira com tudo.
Lembre-se, o altar representa a sua essência e por isso deve vibrar em ressonância com o seu ser.
Blessed Be
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Fases da Lua
"A Lua é o Sol da noite"
A Lua Nova indica começo de um novo ciclo, o nascimento da Deusa, representado por Morgana a rainha das bruxas, é o tempo de fervilhar de novas idéias; tudo fica com o contorno de perpétuo começo, e podemos sentir que as idéias surgidas nesse período crescem à medida que a Lua vai crescendo no céu. É o mágico começo da jornada rumo ao nosso centro e uma intensa vontade de criar novos projetos. É sempre bom, nesse período, anotar num caderno o turbilhão de sentimentos que nos chegam com intensidade.
Blessed Be
A Lua sempre esteve ligada aos nossos sentimentos, a essa parte onírica que nos invade, sem que, sobre ela, tenhamos qualquer controle. As fases da Lua afetam toda vida existente no planeta, desde as marés dos oceanos até o crescimento das plantas.
A Lua Nova indica começo de um novo ciclo, o nascimento da Deusa, representado por Morgana a rainha das bruxas, é o tempo de fervilhar de novas idéias; tudo fica com o contorno de perpétuo começo, e podemos sentir que as idéias surgidas nesse período crescem à medida que a Lua vai crescendo no céu. É o mágico começo da jornada rumo ao nosso centro e uma intensa vontade de criar novos projetos. É sempre bom, nesse período, anotar num caderno o turbilhão de sentimentos que nos chegam com intensidade.
A Lua Crescente representa a face virgem da Deusa, representa Rhiannon, a Donzela. Ótima fase para levar a frente os projetos feitos na lua nova, é uma fase de crescimento, de correr atrás do que acredita e quer. É uma fase excelente para o crescimento em todos os sentidos.
A Lua Cheia representa a face Mãe da Deusa, representa Brigit, A Grande Mãe, é uma fase de energia muito forte, excelente para trabalhar intuição, para realização de feitiços, rituais de qualquer espécie. O poder da Deusa está totalizado nessa fase, é aquela que aceita ou rejeita os projetos iniciados na Lua Nova.
Seu papel é da escolha, pois nela se concentram todas as energias que possibilitam avaliar nossos desejos. Nesse período, sempre sonhamos com símbolos da fertilidade, é produtivo anotar os sonhos e meditar profundamente sobre eles. É um ótimo período para procurar aquele emprego tão desejado, para tentar vender seu trabalho, enfim é o tempo de selar nossas realizações.
A Lua Minguante representa a face Anciã da Deusa, representa Cerridwen, indica o ciclo completado, representa a sabedoria, é o tempo da desintegração de algumas idéias antigas; o movimento aqui é de introspecção e recolhimento. É também o período pré-menstrual em várias mulheres.
Nesse período estamos mais pacientes e nossos atos não são mais tão impulsivos. Não é uma fase para se fazer feitiços relacionados a começos, ou eles minguarão junto com a lua, é um período para se preparar para começar tudo de novo, porém com mais sabedoria.. É tempo de reflexão...
Blessed Be
Rituais e Celebrações
A cena está
se tornando cada vez mais comum: um grupo se reúne, geralmente
em noites de luar, em meio a uma floresta ou em uma colina isolada.
Às vezes trajando túnicas e máscaras, outras inteiramente
nus, os participantes iniciam uma cerimônia com cantos e danças,
um ritual que certamente pareceria esquisito e misterioso para um observador
casual, embora seja um comportamento indiscutivelmente religioso. Assim
os bruxos praticam sua fé.
Como os adeptos
de religiões mais convencionais, os iniciados em feitiçaria,
ou Wicca, usam rituais para vincular-se espiritualmente entre si e a
suas divindades. Os ritos da Wicca diferem de uma seita para outra.
Vários rituais da Comunidade do Espirito da Terra, uma vasta
rede de feiticeiros e pagãos da região de Boston, nos
Estados Unidos, estão representados nas próximas páginas.
Algumas cerimônias são periódicas, marcando as fases
da lua ou a mudança de estações. Outras, tais como
a iniciação, casamentos ou pactos, só ocorrem quando
há necessidade.
E há também
aquelas cerimônias que, como a consagração do vinho
com um athame, a faca ritualística, fazem parte de todos os encontros.
Seja qual for seu propósito, a maioria dos rituais Wicca - especialmente
quando celebrados nos locais eleitos eternamente pelos bruxos - evoca
um estado de espírito onírico que atravessa os tempos,
remontando a uma era mais romãntica.Obs: Lembrem-se, Rituais são Maravilhosos, mas sempre tenham CUIDADO, Lembrem-se do dogma, Sem Nada e Nem Ninguém Prejudicar, Faça o que Desejar.
Wicca, o que é?
Durante muitos anos as bruxas foram vítimas de perseguições e
mortes. Hoje, a bruxaria sai das sombras e mostra que ainda está tão
viva como durante a Idade das Trevas, o chamado neo-paganismo traz
novamente o antigo culto da natureza aliada às celebrações sazonais e à
prática de magia.Sejam Bem-Vindos!!
WICCA, O QUE É?
A religião Wiccaniana é formada de várias tradições (espécie de seitas) como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tânica, Georgiana, Tradicionalista, Ética e outras. Várias dessas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes um dos outros, todas se apóiam nos princípios comuns da lei da Arte.
É importante saber que apesar da Wicca e suas tradições serem novas, elas são baseadas em tradições muito antigas que foram apagadas e agora estão renascendo. Portanto não devem ser encaradas como novas religiões, mas como um renascimento das antigas religiões pagãs!
Wicca é definida pela Pagan Federation como: "... um caminho iniciático, uma Religião de Mistérios que guia os seus iniciados a uma profunda comunhão com os poderes da Natureza e da psique humana, conduzindo a uma transformação espiritual do indivíduo."
WICCA, O QUE É?
A religião Wiccaniana é formada de várias tradições (espécie de seitas) como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tânica, Georgiana, Tradicionalista, Ética e outras. Várias dessas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes um dos outros, todas se apóiam nos princípios comuns da lei da Arte.
É importante saber que apesar da Wicca e suas tradições serem novas, elas são baseadas em tradições muito antigas que foram apagadas e agora estão renascendo. Portanto não devem ser encaradas como novas religiões, mas como um renascimento das antigas religiões pagãs!
Wicca é definida pela Pagan Federation como: "... um caminho iniciático, uma Religião de Mistérios que guia os seus iniciados a uma profunda comunhão com os poderes da Natureza e da psique humana, conduzindo a uma transformação espiritual do indivíduo."
O encontro com a Deusa
Em algum lugar da Ásia, neste momento, uma mulher está abrindo as palmas das mãos para estátua de uma deusa que dança desnuda, com uma guirlanda de crânios em volta do pescoço.
Em algum lugar da África, neste momento, um homem emite um som profundo no tambor, convocando a aldeia para oferecer preces à deusa da terra.
Em algum lugar das Américas, neste momento, mulheres formam um círculo e fecham os olhos, segurando a mãos uma das outras e cantarolando de lábios fechados.
Em algum lugar na cidade onde você mora, uma mulher representará hoje um ritual em homenagem à deusa. É possível que ela faça isto inconscientemente, decorando uma toalha de mesa com um desenho étnico que mostra a deusa da plantas cercada pelos animais heráldicos, ou assando um bolo especial para manter à distância a deusa do inverno. Ou talvez ela o faça de um modo consciente, medindo enquanto observa uma vela tremular, invocando o nome da deusa cuja energia deseja invocar. Ela entoa Hera, Afrodite, Ártemis ou Brigid - nomes pronunciados como suspiros ou promessas.
Em algum lugar na cidade onde você mora, um homem homenageará a deusa hoje. Ele fará isto talvez inconscientemente, invocando a energia feminina no universo e dentro de si mesmo. Ele entoa Oxum, Kuan Yin, Ísis ou Kali. Nomes conhecidos, nomes desconhecidos, que ressoam das profundezas do coração.
Talvez você seja esta mulher. Talvez você seja este homem.
Ou poderia ser.
Em algum lugar da África, neste momento, um homem emite um som profundo no tambor, convocando a aldeia para oferecer preces à deusa da terra.
Em algum lugar das Américas, neste momento, mulheres formam um círculo e fecham os olhos, segurando a mãos uma das outras e cantarolando de lábios fechados.
Em algum lugar na cidade onde você mora, uma mulher representará hoje um ritual em homenagem à deusa. É possível que ela faça isto inconscientemente, decorando uma toalha de mesa com um desenho étnico que mostra a deusa da plantas cercada pelos animais heráldicos, ou assando um bolo especial para manter à distância a deusa do inverno. Ou talvez ela o faça de um modo consciente, medindo enquanto observa uma vela tremular, invocando o nome da deusa cuja energia deseja invocar. Ela entoa Hera, Afrodite, Ártemis ou Brigid - nomes pronunciados como suspiros ou promessas.
Em algum lugar na cidade onde você mora, um homem homenageará a deusa hoje. Ele fará isto talvez inconscientemente, invocando a energia feminina no universo e dentro de si mesmo. Ele entoa Oxum, Kuan Yin, Ísis ou Kali. Nomes conhecidos, nomes desconhecidos, que ressoam das profundezas do coração.
Talvez você seja esta mulher. Talvez você seja este homem.
Ou poderia ser.
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