terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O encontro com a Deusa

Em algum lugar da Ásia, neste momento, uma mulher está abrindo as palmas das mãos para estátua de uma deusa que dança desnuda, com uma guirlanda de crânios em volta do pescoço.

Em algum lugar da África, neste momento, um homem emite um som profundo no tambor, convocando a aldeia para oferecer preces à deusa da terra.

Em algum lugar das Américas, neste momento, mulheres formam um círculo e fecham os olhos, segurando a mãos uma das outras e cantarolando de lábios fechados.

Em algum lugar na cidade onde você mora, uma mulher representará hoje um ritual em homenagem à deusa. É possível que ela faça isto inconscientemente, decorando uma toalha de mesa com um desenho étnico que mostra a deusa da plantas cercada pelos animais heráldicos, ou assando um bolo especial para manter à distância a deusa do inverno. Ou talvez ela o faça de um modo consciente, medindo enquanto observa uma vela tremular, invocando o nome da deusa cuja energia deseja invocar. Ela entoa Hera, Afrodite, Ártemis ou Brigid - nomes pronunciados como suspiros ou promessas.

Em algum lugar na cidade onde você mora, um homem homenageará a deusa hoje. Ele fará isto talvez inconscientemente, invocando a energia feminina no universo e dentro de si mesmo. Ele entoa Oxum, Kuan Yin, Ísis ou Kali. Nomes conhecidos, nomes desconhecidos, que ressoam das profundezas do coração.

Talvez você seja esta mulher. Talvez você seja este homem.

Ou poderia ser.

Nenhum comentário: