sexta-feira, 11 de maio de 2012
Magia das Árvores
As árvores são, desde tempos imemoriais, associadas à magia. Esses vigorosos membros do reino vegetal podem durar até mil anos, elevando-se muito acima de nossas cabeças mortais. São, portanto, símbolos de poder ilimitado, longevidade e eternidade.
Uma floresta virgem, salpicada de árvores de todas as idades, tamanhos e formas, é mais do que um local mágico, misterioso: é um dos reservatórios de energia da Natureza. Dentro de seus limites há antigas e novas sentinelas, guardiões da força universal que se manifesta na Terra na forma vegetal.
Assim sendo, uma floresta é um local excelente para praticar magia de qualquer espécie, não apenas magia de Árvores. Mas qualquer árvore, em qualquer lugar do mundo, pode ser utilizada nas técnicas e encantamentos aqui discutidos. Como cada tipo de árvore possui poderes peculiares, estes serão comentados após a apresentação das técnicas.
Tenha sempre em mente que a magia das árvores não precisa se limitar a estas espécies de árvores, pois todas possuem seus próprios poderes inerentes, os quais variam de uma para outra. Experimente!
Todas as árvores, a não ser as venenosas (como o teixo e a cicuta), são excelentes para a magia de cura. Qualquer árvore pode ser utilizada para livrá-lo de uma dor de cabeça e fornecer-lhe energia, ou para revelar-lhe o futuro. Somos limitados apenas por nossas próprias ações e mentes.
É importante falar com toda(s) árvore(s) com que esteja praticando magia. Diga-lhe(s) exatamente qual é a sua necessidade. Explique para elas o porquê da necessidade e sua urgência. As árvores são entidades vivas, capazez de se comunicar nos planos mais sutis da percepção.
Portanto, mesmo que alguns velhos encantamentos nos instruam a martelar pregos em árvores, por favor, não o faça. Isso não apenas danifica e causa dor à árvore, como é absolutamente desnecessário, pois há outras técnicas disponíveis.
Alguns destes encantamentos requerem a marcação de símbolos em árvores. Um bastão que tenha uma das pontas queimada é ótimo, pois o carvão funcionará como o grafite de um lápis. Pratique até adquirir a habilidade necessária.
Um Encantamento com Árvore
Após encontrar uma árvore para praticar magia, pegue uma folha grande, um bastão queimado numa das pontas, um pedaço de cipó ou linha de fibra natural e uma moeda.
Sentado sob a árvore, escreva ou desenhe um símbolo de sua necessidade com o bastão.
Erga-se e caminhe ao redor da árvore nove vezes, no sentido horário, dizendo as seguintes palavras ou semelhantes:
ANTIGO SER DA ANTIGA TERRA,
MAIS VELHO DO QUE O TEMPO PODE CALCULAR,
CONCEDA-ME O PODER A SEU DISPOR
PARA QUE EU CARREGUE MEU ENCANTAMENTO DE MAGIA.
Repita quantas vezes forem necessárias até que tenha completado as nove voltas ao redor da árvore.
Ao terminar, amarre a folha ao redor do tronco o mais forte possível com o cipó ou linha. Se não conseguir, amarre-a num dos galhos.
Quando tiver certeza de que a folha está bem presa, apanhe a moeda e enterre-a ao pé da árvore, como pagamento por sua ajuda. Afaste-se da área e deixe a árvore fazer sua parte.
Se, ao retornar à árvore, a folha não mais estiver lá, não se preocupe. As forças já estão atuando.
Encantamentos de Cura com Árvores
Apesar de o encantamento mencionado poder ser utilizado para qualquer necessidade mágica, as árvores há muito são procuradas para auxiliar em curas, e portanto existem muitas fórmulas que podem ser usadas.
Para Curar
Amarre uma fita vermelha ao redor do pescoço do paciente pouco antes de ele ir dormir. Pela manhã, desamarre imediatamente a fita e amarre-a novamente ao redor do tronco ou galho de uma árvore, transferindo assim a doença para ela. A árvore enviará a doença para a terra. Não se esqueça de deixar uma oferenda, em agradecimento, aos pés da árvore.
Uma Cura
Procure uma árvore forte, particularmente saudável e vibrante, de galhos finos e flexíveis. Quando estiver doente, vá até a árvore e dê um suave nó em um dos ramos. Não danifique a árvore, apenas dê o nó sem aperta-lo, de modo que ele mantenha sua forma.
Peça à árvore ajuda para cura-lo. "Derrame" o mal ou a ferida no nó, visualizando-o detalhadamente por alguns minutos.
Desamarre a seguir o nó novamente com cuidado para não ferir a árvore. Isto libertará o mal e fará com que afunde na terra. Enterre uma oferenda ao pé da árvore.
Para Curar Dor nas Costas
Dê nove voltas ao redor da árvore no sentido horário, pedindo-lhe que alivie sua dor, dizendo palavras como as que seguem:
Ó GRANDE ÁRVORE, Ó ÁRVORE PODEROSA,
ABSORVA MINHA DOR PARA QUE ME SINTA LIVRE.
Encoste suas costas no tronco firme e sólido; aperte-as contra a casca da árvore. Sinta-a absorvendo sua dor enquanto suas costas passam a dor para a árvore.
Após alguns minutos, levante-se e agradeça à árvore enterrando algo precioso em sua base.
Para Livrar-se de Um Mau Hábito
Faça um desenho de si próprio ou do mau hábito numa folha ou pedaço de casca. Leve-o a uma árvore adequada e enterre-o entre suas raízes. Deixe uma oferenda para a árvore no buraco juntamente com a folha ou casca e cubra. Derrame um pouco de água naquele ponto e está feito.
Para Recuperar Energia Perdida
Sente-se de costas para o tronco da árvore e deixe que a energia ilimitada da árvore flua para dentro de você. Excelente se esteve caminhando por longas distâncias.
Para Adivinhar o Futuro
Deitado sob árvores copadas, relaxe e observe o mutante dossel verde acima de você. Note os padrões aleatórios formados pelo suave puxar e empurrar do vento sobre as folhas. Isto deve ser o suficiente para levá-lo a um estado de torpor onde se abrirá fisicamente e receberá mensagens a respeito de questões que porventura tenha.
Um Encantamento de Amor com Árvores
Numa pequena folha, faça uma imagem de si mesmo. Em outra, faça uma imagem do tipo de pessoa que deseja encontrar. Com uma linha verde, costure unindo as duas imagens frente a frente e aperte bem a linha.
Vá até uma árvore que emita vibrações amorosas e encontre uma fenda ou buraco natural na árvore (não faça um). Se nenhum for encontrado, talvez o local de união de um galho ao tronco sirva, desde que seja seguro.
Encaixe as folhas firmemente na fenda, dizendo:
ÁRVORE DE TERRA, ÁGUA, AR E FOGO,
CONCEDA-ME O AMOR QUE DESEJO.
Enterre sete centavos em sua base e pronto, está feito.
As árvores com as quais estabelece relacionamentos de magia são preciosos; visite-as constantemente, mesmo quando não for praticar nenhuma magia. Quando chegar ao ponto em que aceitará essas árvores como amigas, terá formado um elo poderosos entre você, a Terra e mesmo além disso.
Os Poderes Mágicos das Árvores
Álamo: Proteção.
Amendoeira: Adivinhação. Clarividência. Sabedoria. Dinheiro. Empréstimo. Negócios.
Amoreira: Sabedoria. Adivinhação. O desejo.
Avelãzeira: Adivinhação. Casamento. Proteção. Reconciliação.
Bétula: Proteção. Purificação. Fertilidade. Novos recomeços.
Bordo: Adivinhação. Amor.
Carvalho: Cura. Força. Dinheiro. Longevidade.
Cedro: Prosperidade. Longevidade.
Cicuta: Não recomendada.
Cipreste: Trabalhos de vidas passadas. Proteção.
Coqueiro: Pureza. Castidade. Cura.
Damasqueiro: Amor.
Estrepeiro: Limpeza. Casamento. Amor. Proteção.
Eucalipto: Cura.
Figueira: Fertilidade. Força. Energia. Saúde.
Freixo: Proteção. Magia do mar (quando executando aqueles encantamentos distante do mar).
Laranjeira: Amor. Casamento.
Limeira: Adivinhação. Cura. Castidade. Neutralidade.
Limoeiro: Adivinhação. Cura. Castidade. Neutralidade.
Macieira: Cura. Prosperidade. Amor. Juventude eterna.
Nogueira: Cura. Proteção.
Oliveira: Paz. Frutificação. Segurança. Dinheiro. Casamento. Fidelidade.
Olmo: Proteção.
Palmeira: Força.
Pessegueiro: Amor. Adivinhação.
Pinho: Purificação. Saúde. Sorte. Fertilidade. Prosperidade.
Sabugueiro: Cura. Proteção. Prosperidade.
Salgueiro: Cura. Proteção. Encantamentos. Desejos. Partos fáceis.
Sorveira: Proteção. Força.
Teixo: Não recomendada.
Tília: Proteção.
Zimbro: Proteção.
Fonte: 'Magia Natural: Rituais e Encantamentos da Tradição', de Scott Cunningham
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Óleo de banimento
Ingredientes:
* 3 ramos de arruda;
* 3 dentes de alho descascados;
* 1 xícara de azeite de oliva;
* sal marinho;
* 1 fita vermelha;
* 1 vidro com tampa de rolha.
Modo de fazer:
Macere num pilador a arruda e o alho. Em seguida acrescenta-se um pouco de azeite. Volte a macerar. Coloque a mistura no vidro e acrescente o restante do azeite. Coloque por último um pouco de sal marinho. Tampe o vidro com a rolha e amarre a fita vermelha no gargalo do vidro, dando três nós.
Este óleo deve ser utilizado em rituais de banimento de forças inimigas, na unção das velas. Sele as portas e janelas de sua casa com esse óleo, barrando assim as energias nocivas, expulsando todo o mal. Para banir feitiços inimigos e maldições, unja uma vela preta da base para o pavio e acenda-a, junto com um incenso de arruda. Invoque a Deusa Hécate, com o seguinte contra-feitiço:
HECATE LVCIFERA
DOMINA MALEFICARVM
LIBERA NOS A MALO
Caso saiba o nome de quem quer amaldiçoa-lo, coloque o nome dessa pessoa escrito em baixo da vela, dizendo o seguinte contra feitiço:
GLADIVS TVVM
INTRET IN CORDA TVA
ET ARCVS TVVM
CONFRICATVR
Em seguida, repita o primeiro contra-feitiço, concentrando-se no banimento do mal. Deixe a vela e o incenso queimarem até o fim. Sopre as cinzas ao vento.
É uma receita tradicional das Streghe, as Bruxas italianas.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
OS DONS NA WICCA
Saudações Pagãs,
Muitas pessoas me perguntam sobre o que
seja os Dons na Wicca.
Como creio que seja de interesse de muitos outros,
peço permissão para colocar minhas observações
neste espaço.
Os Dons fazem parte dos Mistérios. E devemos entender
Mistérios aqui não como segredos, mas como algo que
vai além da leitura racional comumente usada pelo
homem. Falamos da leitura sensorial e mágica do mundo.
Leitura esta que nos faz entrar em contato
diferenciado com este e outros planos da realidade que
nos cercam. É pura Magia esta interação e vai
transformando nossas vidas em algo mágico.
É inclusive esta construção de linguagem que
pauta o Processo de Imersão na Wicca, ou para os
preferem, nas Tradição de linhagem gardneriana.
Esta imersão acontece a partir do momento que
começamos a desenvolver nossas capacidades psíquicas e
intuitivas. Estas capacidades são denominadas na Wicca
Dons da Deusa, por estarem associadas ao aspecto
feminino, assim como, a consciência e as faculdades
lógico-lineares, são denominadas Dons do Deus.
Como em tudo na Wicca, estes Dons buscam um no outro a
complementaridade. É através da nossa capacidade
consciente, lógico-linear (Dom do Deus) que poderemos
organizar e dar forma a subjetividade
psíquico-intuitiva (Dom da Deusa) e promover
realizações concretas neste plano.
São estes os Dons que existem na Wicca e
percebam que nada tem a ver com dons divinos,
aos quais alguns privilegiados trazem desde o
nascimento como
dito em religiões da natureza cristã ou similar.
Por sinal, é dificil dissassociar o termo Dom desta
conotação cristã, assim como muitos não
conseguem dissassociar a idéia de uma Deusa na
forma oposta de um Deus cristão acreditando ser
esta a visão wiccan, quiçá neopagã.
Mas são leituras que vão sendo desenvolvidas com
o tempo e construídas paulatinamente conforme o
amadurecimento espiritual daqueles que praticam o neopaganismo com sincera fé, determinação, alegria e disciplina.
Eu Sou Pagã
" Eu sou Pagã. Eu sou parte de toda a Natureza. As Pedras, os Animais, as Plantas, os Elementos e Estrelas são meus parentes. Outros humanos são minhas irmãs e irmãos, sejam quais forem suas raças, cores, sexo, orientações sexuais, idades, nacionalidades, religiões, estilos de vida. O Planeta Terra é a minha casa.
Eu sou parte desta grande família da Natureza, não mestre dela. Eu tenho minha própria parte especial para executar e eu busco descobrir e executá-la com minha melhor habilidade. Eu busco viver em harmonia com outros na família da Natureza e trato outros com respeito.
Eu sou Pagã. Eu celebro a mudança das estações, o girar da Roda do Ano. Eu celebro com cânticos, danças, festas, rituais e de outros formas. Eu celebro cada giro da Roda com práticas espirituais pessoais e tomando parte em festivais comunitários. Samhain, correntemente conhecido como Dia das Bruxas, é um tempo para contemplação do futuro e para prestar homenagem a meus Antepassados e outros amados no mundo dos Espíritos. Eu trabalho magia por maior liberdade religiosa para Pagãos e para a humanidade. Eu celebro o ano novo espiritual céltico e Wiccaniano.
Yule, o Solstício de Inverno, é um festival de paz e uma celebração da minguante luz solar. Eu honro a nova criança do Sol, queimando um tronco de Yule de carvalho no fogo sagrado. Eu honro a Grande Deusa em Seus muitos aspectos de Grande Mãe, e o Deus Pai como Santa, em suas formas de Velho Deus Céu, Pai Tempo e Rei do azevinho. Eu decoro minha casa com luzes e com azevinho, hera, visco, sempre-vivas e outras ervas sagradas para esta estação. Eu toco sinos no novo ano solar.
No começo de fevereiro, eu celebro Candlemas, conhecido pelos antigos Celtas como Imbolc e para americanos contemporâneos como o Dia de Groundhog. Eu enfoco na purificação espiritual e na eliminação de bloqueios para preparar a vinda da Primavera e o novo crescimento. Durante este festival, eu acendo velas para honrar Brigid e eu A convido a inspirar meus trabalhos artísticos e guiar minha prática curativa. Eu faço oferendas de sementes a pássaros selvagens.
Na hora do Equinócio da Primavera, eu dou boas-vindas a renovação da Primavera e celebro a verdejante Terra, vestindo-se em verde. Eu honro a Deusa teutónica Ostara e o espírito do Coelho, o consorte Dela. Eu pinto ovos com amigos e escolhas divinas para um novo crescimento.
Beltane, no começo de maio, é um festival de fertilidade e prazer. Eu me visto em cores luminosas e uso uma guirlanda de flores em meu cabelo. Eu danço ao redor Maypole para abençoar jardins e projectos criativos. Eu salto a fogueira de Beltane para boa sorte. Eu coloco flores no Santuário da Sagrada Bast dos Gatos e em outros locais sagrados.
No tempo do Solstício de verão, também conhecido como Meio do verão e Litha, é um momento principal de reunião quando eu saúdo velhos amigos e conheço novos. Eu danço com eles ao redor de uma fogueira sagrada aos mágicos ritmos de tambores. Eu honro minha comunidade espiritual e tribo. Eu celebro a cultura Pagã. Eu adiciono pedras ao Círculo de Pedra da terra do Circle Sanctuary com orações para harmonia planetária e bem-estar.
Conforme agosto se aproxima, eu celebro Lammas, também conhecido como Lughnassad. Neste festival, eu honro o ápice do Verão e a prosperidade. Eu não só dou graças pelas coisas selvagens e plantas cultivadas e bênçãos para aquelas que estão começando a frutificar, mas eu também peço para que a abundância continue. Eu reparto e como
pão com outros no ritual e eu dou pão e oferendas de erva às Deusas e Deuses da agricultura.
Equinócio de Outono, algumas vezes chamado Mabon, é o tempo da acção de graças por todas as colheitas que eu tenha colhido durante o tempo crescente. Eu dou graças pela comida que recebi dos jardins e campos e por outras bênçãos que entraram em minha vida. Eu devolvo à Mãe Terra oferendas que vêm do melhor da fruta, legumes, ervas, nozes e outras comidas que eu tenha recolhido.
E em Samhain, a Roda do Ano começa novamente.
Eu sou uma Pagã. Eu também honro as estações da vida dentro de minha jornada de vida- começos, crescimento, frutificação, colheitas, fins, descansos e recomeços. A Vida é um Círculo com muitos ciclos. Com todo Fim vem um novo Começo. Dentro da Morte há a promessa de Renascimento.
Eu sou Pagã. Eu não só vejo círculos de mudança e renovação dentro de minha própria jornada de vida, mas em minha herança. Eu vejo minha vida como um círculo que me conecta com os círculos de vida de meus antepassados. Eles são parte de mim e minha vida. A antiga sabedoria da Renovação da Natureza e Reciclagem é encarnada nos brasões de dois de meus clãs Ancestrais.
De meus antepassados alemães, da linhagem de minha mãe, está o totem da garça, um emblema familiar que significa perseverança e renovação depois de dificuldades. De meus antepassados Célticos, da linhagem de meu pai, esta o brasão que porta o símbolo de uma árvore de carvalho cortada da qual brotam novos ramos e folhas de seu tronco, incluída em um círculo com o lema Iterum Viriscit que quer dizer "que isto cresça Verde novamente". Estes símbolos e o lema não só me fazem lembrar de minha própria renovação e a renovação da Natureza, mas também a renovação de filosofia Pagã neste planeta que é parte de meu trabalho de vida como uma Sacerdotisa Pagã.
Eu sou Pagã. Mudança de consciência intencional, a Magia, é parte de minha espiritualidade. Para todo problema há pelo menos uma solução executável, como também oportunidade para crescimento. Eu crio minha própria realidade com meus pensamentos, sentimentos e acções. Tudo que eu envio sempre retorna.
Eu busco cumprir a Rede Wiccan: " Sem causar mal a ninguém, Faça o que quiseres". Quando eu faço magia em rituais, antes de eu elevar directamente a energia, eu sempre busco olhar o quadro do qual minhas necessidades são somente uma parte. Eu me empenho a trabalhar para o melhor de todos, como também me ajudar. Quando problemas vêm para o meu caminho, eu busco entender as causas e mensagens deles como parte de minha busca por uma solução. Fazendo trabalho curativo, eu busco enviar as causas espirituais subjacentes da doença, em lugar de só enfocar um alívio de seus sintomas.
Eu sou Pagã. Eu trabalho magia através da Lua para ajudar e curar outros, a mim mesma, e o Planeta. A Deusa Tripla da Lua me guia. Eu activo começos na Crescente, energizo manifestações na Cheia e mando embora obstruções com a Minguante e com a Negra. Eu tomo parte em rituais em Luas Novas e Cheias, e eu sei que meus Círculos são parte de uma grande rede de Círculos que se encontram nestes tempos ao redor do Planeta Terra.
Eu sou Pagã. Eu abraço o Panteísmo e reconhece que o Divino está em todos lugares e em tudo.
Eu honro o Divino que está dentro das árvores de carvalho na floresta, nas ervas no jardim, nos pássaros selvagens que cantam nas árvores, no topo da pedra da montanha, em mim, e sim, até em "coisas" como meu carro, máquinas fotográficas e computadores. Eu entendo que tudo com um corpo físico tem um corpo espiritual também. O físico e espiritual está entrelaçado profundamente, não separado, nesta forma de mundo. Eu honro as inter-conecções da Criadora e Criação.
Eu sou Pagã. Eu sei que a Divindade tem muitas facetas e eu experencio isto por uma variedade de Deusas, Deuses e outras formas espirituais. Eu também honro a Divina Unidade, a Unidade de Tudo. Meus encontros pessoais com Deusas Pagãs, Deuses e outras formas Divinas transformaram e enriqueceram minha vida. Hécate apareceu como
a Morte para me ensinar libertação e renascimento. Como uma criança jovem, Ártemis fluiu por mim e me ajudou a proteger o que pretende ser roubado. Selena da Lua Cheia, traz visões e meu nome para mim .O sagrado Sol me energiza. Iemanja do Oceano limpa e me renova. Eu tenho ouvido Pan tocar sua flauta nos bosques. Dionísio desperta dentro de mim as alegrias de espontaneidade e felicidade extática e me ensina os mistérios da androginia. Eu experimentei a união de Deusa e do Deus fazendo amor com meu companheiro no jardim. Bast me ajudou a aprofundar minhas conexões com meus amigos gatos. Cernunnos apareceu a mim na floresta como um Veado. Isis falou a mim em explosões de esplendor no fundo da Noite e em fluxos de energia por minhas mãos, fazendo curas. Saturno me deu lições sobre disciplina, tempo e agricultura orgânica. A Senhora Liberdade me protege conforme
eu trabalho para liberdade religiosa por Wiccanianos e outros Pagãos. A Mãe Terra guia meu trabalho em nome deste Planeta. Eu também experiencio o Divino como Totens animais, aliados das plantas e como outras formas em meus sonhos, em jornadas internas e enquanto eu buscava pela visão sozinha no deserto.
Eu sou Pagã. Minhas práticas espirituais incluem auto-aceitação e entendimento, em vez de auto-rejeição. Eu compartilho minhas visões com outros quando eu sinto ter razão, mas eu não faço proselitismo, reivindicando meu caminho como único e verdadeiro. Há muitos caminhos sobre a montanha da compreensão espiritual, não somente um caminho.
Eu sou Pagã. Minha adoração toma a forma de Divina comunhão com a Natureza. Como parte de minha adoração, fundei e tenho mantido uma reserva sagrada na natureza, O Circle Sanctuary ( O Santuário do Círculo). Lá eu realizo rituais em lugares especiais, como no Círculo de Pedra sobre um monte sagrado; sobre o Spirit Rock, alto sobre os vales; no jardim do Círculo Mágico; em santuários ao ar livre; na sala do Templo, em recinto fechado; e nos abrigos de pedra de arenito antigos, que abrigaram os antigos que se mantiveram nestas terras milhares de anos atrás.
Eu também realizo rituais em outros lugares na terra, ao ar livre e em lugar fechado. Minha adoração e rituais
podem estar em qualquer lugar, pois meu círculo sagrado é portátil. Onde quer que eu esteja, eu posso montar um círculo ao redor de uma esfera sagrada com sete invocações: para as quatro direcções, para o Cosmo acima, para o Planeta abaixo e para Integração Espiritual no centro.
Eu sou Pagã. Eu viajo ao Outro mundo em meus sonhos, meditações e rituais. Eu uso ferramentas sagradas para me ajudar em minhas jornadas e meus trabalhos mágicos. Estes incluem caldeirão, cristais, velas, incensórios, cálices de água, pentáculos de sal, pratos de terra, penas, sinos, vassouras, chocalhos, tambores, batutas, estacas, espadas, espelhos, e uma variedade de ferramentas de adivinhação, inclusive cartas de Tarô, exagramas de I Ching e pedras de Runas. Eu voo com minha consciência pelo tempo e espaço.
Eu exploro outras dimensões e então eu retorno com introspecções conhecimento e poder. Eu vou entre os mundos por cura, crescimento e transformação. Intuição, percepção psíquica é natural, não sobrenatural, são parte de minha vida diária. Eu sou Pagã. Eu me harmonizo com os quatro elementos de Natureza- Terra, Ar, Fogo, Água- e com o quinto elemento, O Espírito que é a força espiritual que tudo conecta. Eu vejo estes Elementos na Natureza- a Terra no solo e pedras; o Ar nos ventos e atmosfera; o Fogo como o raio, fogos e electricidade; a Água nas primaveras, rios, oceanos e outras águas sobre o planeta; e o Espírito como a Divina Unidade. Eu também vejo estes Elementos como aspectos do meu eu- meu corpo físico e fisiológico é minha Terra; meu intelecto e pensamentos meu Ar; meu desejo e acções meu Fogo; minhas emoções e sentimentos minha Água; e meu eu Interno, minha Alma, é o meu Espírito.
Eu esforço em me manter saudável e em equilíbrio em todas estas partes de mim Eu trabalho para o restabelecimento do equilíbrio dos Elementos no ambiente. Eu sou Pagã. Eu ouço o choro da Mãe Terra que está triste com o mal que é causado ao meio-ambiente pela humanidade. Eu estou desanimada pela poluição do ar, terra, águas e pelos jogos de dominação que são feitos pelas nações com os danos nucleares e outras armas de destruição de massa. Eu também me preocupo com a poluição espiritual no Planeta-egoísmo, ódio, cobiça por dinheiro e poder, vícios, violência, desespero. Quando eu vejo estes problemas, eu também vejo a limpeza e cura dos acontecimentos sobre o Planeta Terra.
Eu sei que posso ajudar pelo menos um pouco a trazer ao Planeta maior equilíbrio buscando equilíbrio em minha própria vida, sendo um catalisador para restaurar o equilíbrio na vida de outros e trabalhando para um ambiente melhor. Eu sei que minhas atitudes e meu modo de vida podem fazer diferença. Eu procuro ser um canal para a cura e equilíbrio. Eu faço da responsabilidade ambiental parte de minha vida pessoal diária. Eu procuro viver em harmonia com os membros da Família da Natureza.
Eu sou Pagã. A Espiritualidade da natureza é a minha religião e minha base de vida. Natureza é minha professora espiritual e meu livro sagrado. Eu sou parte da Natureza e a Natureza é parte de mim. Minha compreensão dos mistérios internos da Natureza cresce enquanto eu
viajo neste caminho espiritual ".
Selena Fox
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Wicca e os Homens
Embora homens e mulheres compartilhem do poder da magia, a palavra Witch tem estado mais comumente associada a mulheres do que homens, no entanto, os homens na Arte são também denominados Witches (Bruxos).
A Deusa também é importante para os homens. A opressão dos homens no patriarcado governado por Deus-Pai é talvez menos óbvia mas não menos trágica que a das mulheres. Os homens são encorajados a identificarem-se com um modelo que nenhum ser humano pode, com sucesso rivalizar: serem pequenos governantes de universos limitados. Eles vivem uma divisão interna, com um "espiritual", que supostamente, busca dominar as suas naturezas emocional e animal primárias. Lutam consigo mesmo: no Ocidente para "dominar" o pecado; no Oriente, para "dominar" o desejo ou o ego. Poucos escapam desses embates sem prejuízos. Os homens perdem contato com os seus sentimentos e corpos transformando-se nos "apáticos homens bem-sucedidos".
Porém visto que são as mulheres que dão à luz aos homens, amamentam-nos e em nossa cultura são responsáveis pela sua guarda enquanto crianças, "todo homem criado em um lar tradicional desenvolve intensa identificação com a mãe e, conseqüentemente, traz consigo uma forte impressão feminina. O símbolo da Deusa permite que os homens experimentem e integrem o lado feminino de suas naturezas, que com freqüência, prova ser o aspecto profundo e sensível, normalmente escondido. A Deusa não exclui o homem; ela o contêm, assim como a mulher grávida contém um filho. O lado masculino incorpora tanto a luz solar quanto a energia animal selvagem e indomada.
Porém, durante a "Era das Fogueiras", 80% dos milhões de pessoas que foram queimadas vivas por prática de feitiçaria eram mulheres. Ainda hoje, a maioria dos praticantes da Arte são mulheres, embora esteja aumentando o número de homens.
Há boas razões para pensar na Feitiçaria como uma Arte feminina. Pois na verdade o poder de uma Bruxa está em ocupar-se com a vida num sentido mais amplo, naturalmente as mulheres estão biologicamente mais envolvidas na geração e sustento da vida do que dos homens. Porém o espírito dos novos tempos está levando homens e mulheres a restabelecerem uma maior ligação com os mistérios da vida que se encontram nos ritmos naturais da mulher, da Terra e da Lua, pois os mistérios da vida são verdadeiramente os mistérios da magia.
Assim, às portas do terceiro milênio não é uma coincidência, que mais e mais homens estão se fazendo presentes no momento do parto e começam a assumir responsabilidades na assistência ao bebê recém-nascido. Daqui para frente maior também será o número de homens que se começarão a se interessar pela Arte. Na verdade a Deusa devolveu à mulheres e homens sua dignidade e grandeza humanas, sendo que puderam nela se reconhecer como partes igualmente importantes da divindade, tendo o mesmo direito ao poder e à fragilidade
Samhain
Marca a ida do Deus ao Reino dos Mortos. É o ponto auge da Roda do Ano e é considerado o Ano Novo pagão. Nessa data a barreira entre os mundos está mais fraca, facilitando assim, o contato com entes queridos que já se foram. Métodos Divinatórios devem ser praticados nessa noite e o altar deve conter folhas de cipreste, abóboras, velas negras e laranjas. Em Samhain é tempo de reflexão: de olharmos para nossos atos e compreendermos o significado de nossas experiências. Apesar de ser a noite da partida do Deus, não deve ser encarado com tristeza - Ele ainda vive dentro da Deusa como seu filho: É a esperança, a promessa de luz, que se concretizará em Yule.
Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram. As bruxas não fazem rituais para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar espíritos. O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de Amor e harmonia. A noite do Samhain é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabá é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. Deve-se fazer muita brincadeira com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza.
No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras de Abóbora com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse Amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.
A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.
Há muita divergência quanto à pronúncia da palavra, mas acredito que seja Sal-Uin (Sow-ween). Essa é a noite em que a barreira entre nosso mundo e o mundo dos espíritos fica mais fina. É quando o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de seu próprio renascimento em Yule. É quando os pastores recolhem o gado e o povo esconde-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno. A data marca o fim (e o início) do calendário Celta. É celebrada pelos Cristãos como o Dia das Bruxas, o famoso Halloween (All hails eve). A noite de Samhain ou Halloween se encontra no meio exato entre o Ano que se vai e o que vem pela frente, e é, portanto, uma data atemporal.
Um antigo costume de Samhain na Bélgica era o preparo de “Bolos para os Mortos” especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.
Outro costume de Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente, até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.
As Artes Divinatórias, como observação da bola de cristal e o jogo de runas, na noite mágica de Samhain, são tradições Wiccans, assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto
História do Dia das Bruxas
O Dia das Bruxas é anualmente celebrado. Mas como e quando este costume peculiar se originou ? É, como alguma reivindicação, um tipo de adoração de demônio? Ou é isto só um vestígio inocente de alguma cerimônia pagã antiga? A palavra propriamente, "Dia das Bruxas," tem realmente suas origens na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século 5 DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain chamado (semeie-en), o Ano novo Céltico.
Uma história diz isto: Naquele dia, todos aquele que houvesse morrido ao longo do ano anterior voltaria à procura de corpos vivos para possuí-los para o próximo ano. Acreditava-se ser seu para a vida após a morte, (Panati). Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos, (Gahagan).
Naturalmente, o ainda vivos não queriam ser possuídos. Então na noite de 31 de outubro, os aldeões extinguiriam os fogos em suas casa. Eles iriam se vestir com fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati). Provavelmente, uma explicação melhor de por que os celtas extinguiram o fogo, era para não desencorajar possessão de espírito, mas de forma que todas as tribos Célticas pudessem reacender seus fogos de uma fonte comum, o Druidic era mantido em chamas no Meio da Irlanda, em Usinach, (Gahagan).
Os Romanos adotaram as práticas Célticas como suas próprias. Mas no primeiro século DC, eles abandonaram qualquer prática de sacrifício de humanos a favor de efígies em chamas.
Como convicção em possuir o espírito, a prática de vestir-se bem como fantasmas, e bruxas empreendia um papel mais cerimonial. O costume de Dia das Bruxas foi trazido para a América na 1840, por imigrantes irlandeses fugindo da escassez de comida do seu país. O costume de doce ou travessura não foi originado pelos celtas irlandeses, mas com um novo costume do século europeu chamado Souling. Em 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, primeiros cristãos caminhavam de aldeia em aldeia pedindo "bolos de alma," pedaços quadrados compreendidos de pão com groselhas. Quanto mais bolos de alma os mendigos recebessem, quanto mais orações, eles prometiam dizer rezas em nome dos parentes mortos dos doadores. No momento, acreditava-se que o morto permanecia no limbo por um tempo depois de morte, e aquela oração, até por estranhos, dava passagem de uma alma para céu.
Os da vela na abóbora provavelmente vem de folclore irlandês. Como o conto é informado, um homem chamado Jack, que era notório como um bêbedo e malandro, enganara Satã ao subir uma árvore. Jack então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da árvore, prendendo o diabo para cima a árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse novamente, ele o deixaria árvore abaixo. De acordo com o conto de povo, depois de Jack morrer, ele a entrada dele foi negada no Céu, por causa de seus modos de malvado, mas ele teve acesso também negado ao Inferno, porque ele enganou o diabo. Ao invés, o diabo deu a ele uma brasa única para iluminar sua passagem para a escuridão frígida. A brasa era colocada dentro de um nabo para manter por mais tempo.
Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então os jack-e-Lanterna na América era em uma abóbora, iluminada com uma brasa.
Então, o Dia das Bruxas foi adotado como favorito "feriado" . Cresceu fora das cerimônias de celtas celebrando um ano novo, e fora de cerimônias de oração Medievais de Européias.
Um Conto de Samhain
Lyla sentou-se no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua cheia na água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo as crianças chegaram, e sentaram ao seu redor, interrompendo seus pensamentos. Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.
- 'Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se sacrifica todos os anos para garantir força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão prontos?' As crianças acalmaram-se para ouvir Lyla.
- 'Não foi a muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar. Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo. Aquela era a época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam a inverno tão rigoroso. O Sol baixou, baixou, até que só se via uma fina linha de separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelhado, com um ar mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se, agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre.
Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E mais nada, além do som doce da flauta.
Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho, estava a fonte de tal encantamento. Sentado numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de cavalo e grandes chifres pontiagudos.
Observava a donzela que dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura. Os fios sedosos acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite.
Os dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao redor da clareira. Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse. Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e da Donzela desapareceram ... meras lembranças. A Deusa agora recolhia-se grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta para dar à luz dentro de tão pouco tempo.
Era necessário que o Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago, para observar seu reflexo. Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande energia ... energia necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver ... a Terra precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia.
Um grito ecoou em sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para os céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando Ele ergueu suas mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e Ele desapareceu.
Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo. Também com uma explosão, o cornudo surge no centro do círculo, um olhar decidido em seu rosto.
O Velho Cornudo tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele a levantou apontada para seu peito os tambores cessaram. Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez silencioso ... aqueles segundos duraram milênios ... O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram a tocar.
Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor ... apenas o som do sangue derramando-se sobre a terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos recolhessem o sangue.
Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o Deus deitou e virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar sobre a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo, e regando o círculo sagrado em que repousaria para sempre.
E do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, murmurado e pausado ... talvez fossem as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de seu Deus.
"Hoof and Horn, Hoof and Horn
All that Dies Shall be Reborn.
Corn and Grain, Corn and Grain
All that Falls Shall Rise Again."
O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando ao útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer... Os espíritos, então, romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam por sobre a Terra, espalhando o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam.'
Lyla limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam atentas.
'É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão escura ... Eles trazem consigo um pouco do sangue do Deus Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar durante todo o período escuro do ano. Devemos, portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a semente do renascimento não seria espalhada.
Agora vão para a Casa Grande, vamos começar o ritual.'
Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa Grande. Parou no meio do caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os sons do além. E de algum lugar chegou aos ouvidos de Lyla um cântico... 'Hoof and Horn, Hoof and Horn...'
E Lyla caminhou para a Casa Grande.
Bem Agora Vamos ao nosso Ritual.....
Comemorando o Samhain
Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente. Antes do ritual sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre.
Prepare o altar, acenda as velas e o incenso, crie o círculo. invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda. erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;
Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem,
Ó rei Sol através do poente ruma à Terra da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram,
E dos que irão posteriormente. Ó Graciosa Deusa,
Eterna Mãe, que dá à Luz os caído,
Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão
Surge a mais intensa luz.
Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação. A venda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve. Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas. Diga:
Ó Sabia Lua,
Deusa da noite estrelada,
Criei este fogo dentro de seu caldeirão
Para transformar o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam:
Das trevas ,luz!
Do mal, o bem!
Da morte, o nascimento!
Ateie fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir. Celebre o banquete Simples. O círculo está desfeito.
Alimentos tradicionais
Maças, romãs,torta de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, beterrabas, nabos, milho, castanhas, gengibre, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.
Incensos: Maça, menta, noz-moscada e sálvia.
Cores das velas: preta e laranja
Pedras preciosas: Todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.
Anéis dos Desejos de Halloween
Vários dias antes do Halloween, faça três anéis de palha ou feno trançado. Pendure-os nos arbustos fora de sua janela e faça um desejo a cada anel enquanto o pendura. Após isso, não torne a olhar para os anéis até a noite de Halloween, ou seus desejos não serão realizados.
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